A natureza estava plena no Naval. Trabalhava com várias técnicas, a exemplo do Thomas Alva Edison. Era um empírico. Sua tecnologia para entrar com volumes no forno a 10.000 era simples e funcionava. Preenchia os espaços ocos com jornais velhos e punha os objetos no forno para a queima e pegar forma. Os jornais incendiavam-se por causa da alta temperatura, deixando intactos os espaços ocos que ele precisava ter no objeto em cozimento. A outra técnica que me impressionou foi a da armação dos azulejos para construir painéis. Ele montava a armação com os azulejos necessários. No verso dos azulejos, já na armação, ele numerava pelo critério carteziano, conforme sua posição em relação aos eixos dos Xs e dos Ys.
Desse modo, ele tinha o azulejo A30, B15, C14 e Z10. Depois que os azulejos retornavam do forno, ele remontava de acordo com a numeração grafada no verso dos azulejos. Nunca falhava !
Estava dissociado das modernas tecnologias da informação. Jamais acreditou que o homem pisou na Lua. Pra ele era uma farsa americana.
Era intuitivo. Acreditava no tato. Nos sentidos. Acima de tudo, um espírita convicto.
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