Ao visitar Aninha, uma fornecedora de produtos importados que o Braga - nosso cabeleireiro - nos apresentou, fiquei impressionado com a coleção de corujas que ela exibia nas suas estantes. Gravei no subconsciente a idéia da coruja, como símbolo da sorte, conforme a Aninha me explicara.
Em reuniões posteriores, levantávamos idéias sobre presentes de fim de ano, desejando fugir do lugar comum das agendas e calendários.
Deveria reunir as qualidades de transmitir uma mensagem, ser diferente, duradouro e barato. Nesse período o Naval já entrara na fase dos azulejos, com apoio da Klabin que abriu um atelier para ele nas suas instalações de Del Castilho.
A Cecrisa, sucessora da Klabin Azulejos, manteve o compromisso com o Naval até o fim, mesmo tendo encerrado suas atividades no local.
Em uma certa madrugada, acordo com a idéia de corujas em azulejos.
Telefono para o Naval, era pouco mais de 3h da madrugada, discuto com ele todo o plano e filosofia da obra. Com a condição básica: as corujas do Naval jamais seriam vendidas. Eram amuletos da sorte! E assim foi feito. Daquele momento até hoje, acho que produzimos e distribuímos mais de 500 corujas. Algumas monocolor e outras coloridas, simpáticas, observadoras e bonitas.
Consegui manter uma grande, acho que é a maior que ele fez, montada em 15 azulejos, pintada em duas cores, eterna, instalada ao lado do meu escritório-residência. Na linguagem moderna, é o meu link com ele nos momentos de reflexão, quando pergunto, olhando pra nossa coruja:
E agora Naval?
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