Condenava a posição simplista do graças a Deus. Por ele, ninguém devia incomodar Deus por dá cá aquela palha. Deveria haver um esforço para se obter alguma coisa, antes de se ficar esperando pela graça de Deus.
Desconsiderava o sabichão. Se ao perguntar o que sabe fazer? Ouvisse a resposta: Sr.Naval, eu jogo em todas. O candidato estava condenado. Tinha aversão ao generalista, embora fosse, como eu, um tudólogo.
Alguns ensinamentos certos ou errados ele me passou.
a) É melhor se preocupar com a grossura do que com o tamanho;
b) Todo homem pra vencer na vida, precisa ter uma amante;
c) Mais vale uma bem dada, do que dez mal dadas;
d) Precisamos ter esperança, perseverança e disciplina pra vencer na vida;
e) Toda mulher merece uma corda de roupa e um tanque de lavar.
Jamais falou a verdade sobre a sua idade. Sua esposa é que me disse que ele ja passara dos oitenta, há mais de 20 anos atrás, preocupada com o seu sumiço no Pará. Com ele aprendi a contar o tempo de 10 em 10 anos, depois dos 50. Levei 10 anos, contando que fazia 50 anos. Um dia, minha neta Tuquinha (Ana Carolina), admoestou-me: "ô vô, outra vez 50 anos?" Fiz 60 aos 60. E agora ficarei fazendo 60 até chegar aos 70. Espero passar pelos 100 do Naval, no ano de 2036.
Levei o Naval à comunidade do Vidigal. Conquistou a juventude com o seu jeito e os seus desenhos dinâmicos. Cogitou de fundar uma Escola de Desenho para manter a garotada ocupada com outras atividades.
A Associação dos Moradores se propôs a desenvolver a idéia, desde que arregimentássemos um patrocinador. O meu amigo Manoel D'Assunção, se ofereceu para assumir a função de patrocinador. Esse projeto abortou por absoluta falta de tempo.
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