Falei que muitas obras do Naval estão espalhadas no Brasil inteiro. Em Brasília, tivemos um trabalho imenso para enviar de presente ao Maurílio Cunha, um grande quadro retratando a inauguração da capital. Era um painel quase do tamanho daquele feito para o Casali. Eu o imaginei como um presente de grego. Teria a Neusa Goulart, espírita e minha conterrânea de Alagoas, parede para hospedar tamanho painel. Tinha e ficou com ele por muito tempo. Soube que, quando mudou para novo apartamento, perdeu a oportunidade de ter espaço para acomodá-lo. Deixaram num depósito do Governo de Brasília, com medo de não poder recuperá-lo depois. Desconheço seu destino. Existe obras em São Paulo, como em outros estados. Há pouco tempo, alguém ligou-me de São Paulo, citando como referência memorativa um quadro do Naval que tinha ganho há alguns anos atrás no Rio de Janeiro.
Afinal são mais de 400 quadros espalhados no Brasil inteiro.
Entretanto, em certa ocasião, eu estava chefiando uma missão brasileira em Tucumã, Argentina, para divulgar o Programa do Álcool, a partir da cana, lançado no Brasil. Depois de palestras e passar por muitas reuniões, fui convidado para visitar o escritório de uma das autoridades locais - Eng° Antônio Ramon Gramajo, e logo que entrei vejo uma bonita coruja do Naval. Espantei-me e perguntei como tal coruja conseguira voar tão longe.
O Gramajo lembrou-me que ganhara aquela coruja em Brasília, quando viera a um Congresso sobre energia nuclear. Eu o tinha brindado, como lembrança brasileira. Neste mesmo dia, prometi outra coruja a Mercedes Soza, natural de Tucumã, que nos encantou com uma linda canção chamada: La Luna de Tucumã. Devo, até hoje, essa coruja.
Um dia vou pagar !
Deixo de falar das suas participações no exterior em feiras, patrocinadas pela Klabin, pois em nenhuma delas estive presente. Deve ter boas estórias a respeito. Contudo posso falar de vários lugares onde ele me acompanhou como companheiro de viagem.
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